Para obter os contratos de maneira irregular, a empresa apresentava os orçamentos dos concorrentes com preços maiores do que os próprios, segundo as investigações
Apenas os três primeiros contratos custaram R$ 11,4 milhões, de acordo com o Portal da Transparência da Serra. Eles foram assinados num intervalo de 12 meses. O quarto contrato não está relacionado no Portal da prefeitura - e a decisão judicial não mencionou o valor gasto com ele pelo município
Márcia Lamas foi afastada do cargo nesta sexta-feira (25). Atos ilícitos teriam ocorrido nos anos de 2009 e 2010, na gestão de Sérgio Vidigal (PDT)
A decisão judicial que afastou do cargo, em caráter liminar (provisório), a vice – prefeita da Serra, Márcia Lamas (PSB), baseou-se em indícios de direcionamento de quatro contratos de limpeza e conservação na Secretaria Municipal de Educação, nos anos de 2009 e 2010, na gestão do ex-prefeito Sérgio Vidigal (PDT). Na ocasião, ela era a titular da pasta e, atualmente, na gestão de Audifax Barcelos (Rede), ocupa o mesmo cargo.
Em 15 meses, a secretaria assinou quatro contratos com a empresa Impacto Máquinas Equipamentos e Serviços Ltda. Todos eles com interferência da então secretária, segundo interpretação da Justiça. De acordo com a decisão da juíza Sayonara Couto Bittencourt, da 4ª Vara da Fazenda Pública Estadual, o Ministério Público Estadual (MPES) constatou "criação artificial da situação de emergência e direcionamento da contratação emergencial".
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