“Infelizmente é um sofrimento danado para a gente ter que receber o pagamento”, lamentou a Diretora da Associação da categoria
Na manhã desta última terça-feira (21), dezenas de Agentes Comunitários de Saúde do município foram até a frente do Palácio Coelho Rodrigues, sede da Prefeitura, para protestar contra os frequentes atrasos salariais vivenciados pela categoria. Os servidores concursados cobram o salário do mês de outubro.
A Diretora da Associação dos Agentes Comunitários de Picos, Eva Evangelista, disse que desde o último dia 09 de novembro o Ministério da Saúde já fez o repasse para a SMS (Secretaria Municipal de Saúde). Ela explicou, no entanto, que o pagamento do salário de outubro continua pendente devido a Prefeitura não ter repassado a contrapartida.
“Todos os meses é essa penúria. Infelizmente é um sofrimento danado para a gente ter que receber o pagamento porque todo mês é assim: ‘entra o repasse do Ministério, mas por conta da contrapartida do município sempre anda atrasado’”, lamentou Eva Evangelista em entrevista a rádio Cidade Modelo FM, acrescentando que o pagamento era para ter sido efetuado até o último dia 10 de novembro.
No dia 18 de novembro o Juiz titular da Vara do Trabalho de Picos, Ferdinand Gomes dos Santos, determinou que o prefeito, Padre José Walmir de Lima (PT), efetuasse o pagamento dos salários atrasados dos servidores efetivos e contratados da Secretaria Municipal de Saúde. O Magistrado fez a determinação atendendo a uma Ação Civil Pública ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho. Na decisão o Juiz, Ferdinand Gomes, estipulou o quinto dia útil do mês subsequente como a data do pagamento do salário do mês anterior.
Outro lado:
Em entrevista a nossa reportagem o prefeito, Padre Walmir, disse que o atraso salarial na Saúde “não está mais tão grande”. Ele prometeu que vai fazer o possível para cumprir a determinação da Justiça do Trabalho e pagar os salários atrasados. Contudo, o petista não entrou em detalhes de quando e como fará para quitar o débito. “Nós temos a possibilidade de recorrer e mostrar as condições e justificativas possíveis e não possíveis para esse cumprimento”, concluiu.
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